terça-feira, outubro 23, 2007

Cuidados com a nossa visão


Os olhos são órgãos que trabalham cerca de dezessete horas por dia. Mesmo durante o sono se movem, causando estímulos ao nervo ótico.
O sentido da visão é responsável por 80% das informações que recebemos do ambiente externo.
Sendo assim tão importantes e solicitados, é normal que sofram algum tipo de desgaste, cansaço ou falta de vitalidade.
O SwáSthya Yôga, é um método ultra-integral de aperfeiçoamento do indivíduo. Nesta filosofia encontramos técnicas que cuidam dos nossos olhos, energizando e revitalizando a região. É chamada de trátaka[1], a limpeza do globo ocular.
Para realizar a técnica bastam alguns minutos. Se feita de forma sistemática gera conseqüências muito positivas.
Das variações existentes para executá-la, veremos hoje apenas uma forma.
Sente-se de preferência com a coluna bem ereta. Observe a cabeça firme no prolongamento da coluna. A posição em que você estiver deve ser confortável e agradável. Abra os olhos e procure não piscar até o fim da técnica.
Comece voltando os olhos para a ponta do seu nariz. Fixe o olhar e tente não mover mais os olhos, porém não force nada. Deixe o aparato ocular se acomodar. Não comece com muita intensidade. Permaneça assim cerca de trinta segundos. Em seguida, ainda sem piscar, volte os olhos para cima. Mantenha a cabeça imóvel.
Lentamente comece a mover os olhos gerando amplitude de forma circular. Expanda ao máximo os movimentos para que eles atinjam a plenitude do seu campo visual. Ao final, quando chegar com os olhos novamente voltados para cima, você terá dado uma volta de 180º. Depois, compense fazendo a mesma execução só que no outro sentido. Realize duas voltas de 180º para cada lado.
Termine focando novamente o olhar na ponta do nariz por alguns instantes e em seguida volte os olhos para o espaço entre as sobrancelhas. Agora, pisque a vontade e depois feche os olhos, deixe-os confortavelmente imóveis, assimilando os efeitos da técnica.
Lacrimejar é bem comum e importante para produzir uma purificação da região. Enquanto isso atrite fortemente as mãos até que elas fiquem quentes. Logo, aproxime o centro das palmas das mãos dos olhos o suficiente para sentir a projeção do calor. Sinta a energia térmica penetrando a cavidade ocular. Em seguida, toque o centro das palmas sobre as pálpebras, movimente as mãos com cuidado, gerando um carinho por esta área do seu corpo agora revitalizada.
O trátaka dissipa a carga de tensão acumulada, alonga músculos e nervos, faz com que o sangue flua livremente, lubrificando e limpando a superfície externa. Desenvolve-se com o tempo melhores reflexos através do desenvolvimento da visão periférica que é a nossa capacidade de enxergar objetos fora do foco principal, surgida durante o nosso processo natural de evolução como uma forma de defesa contra ataques repentinos de predadores.
Essa técnica pode ser feita todos os dias, sem despender mais do que dois minutos. Sempre com moderação. A sugestão é de que seja feita pelo menos uma vez por semana.
Instra. Letícia Braga

[1] Se desejar conhecer mais técnicas do Yôga Antigo basta consultar o livro Tratado de Yôga, (DeRose, Ed. Nobel).

quarta-feira, outubro 17, 2007

Maturidade, o pilar da eficácia e sucesso

Um antigo colega estes tempos comentou-me o fato de saber fazer muitas coisas. Articulou com um bom português suas diversas habilidades e dizia-se seguro no mundo por isto.

Falava diversas línguas, sabia cozinhar impecavelmente, desenhava, cantava etc.

Fiquei feliz por ele ao ouvir atentamente suas frases.

Entretanto era nítida a aflição que o fazia falar sem parar.

Este mesmo amigo, assim como outros amigos meus, colegas e pessoas que nem conheço, são especiais. Elas conseguem aprender muitas coisas diferentes e desconexas.

Porém este colega de longa data não estava bem. Não estava feliz. Não tinha um norte em sua vida.

Constatei o fato logo após ouvi-lo comentar seguidamente em um único fôlego mais dez possibilidades sobre o que ele poderia fazer de sua vida.

Há mais de quarenta anos ele estava praticamente na mesma, sem muita alegria, dependente emocionalmente da sua família, seus colegas e seu passado.

Ele aprendera aquilo tudo para sentir-se seguro. Segurança que era bom, nada. Precisava de muito e muitos em vários aspectos.

Fulano, este que uso como exemplo, era dependente e não se flagrava.

Frequentemente necessitava de um amparo excessivo. Uma mão que acariciasse a cabeça e dissesse que tudo bem, eu lhe ajudo.

A dependência emocional impedia-o de ser independente financeiramente. E mesmo que fosse rico, seria infeliz.

Este colega relatava-me sua vontade de ser feliz plenamente e alcançar o sucesso. Mas faltava algo que eu não compreendia e não pude ajudá-lo. Sei que uma frase em nossa vida pode ser crucial. Por mais simples que seja. Ma não arrisquei.

E foi na simplicidade de uma leitura noturna que pude vislumbrar um ciclo natural importante ao nosso crescimento profissional e pessoal.

Os estágios inerentes a nossa evolução culminam na máxima eficácia de um ser o que leva a sensação de realização e sucesso.

Observando o caminho natural da evolução podemos conscientizar mais facilmente os desafios desprendendo-nos do passado arraigado.

Ao nascermos, começamos dependentes, precisamos de tudo para que aja a sobrevivência. Alimento, carinho etc.

À medida que evoluímos começamos a fase de busca da independência. Oscilamos muito neste momento.

Libertar-se da dependência exige maturidade exclusivamente emocional.

Nesta fase alguns não conseguem, por diversos fatores, sair da passividade. Em alguns pontos um pequeno vínculo pode ser fatal para a evolução.

Escutei um dia uma mulher comentar as suas amigas:

_ Ando indecisa, sem estímulos. Agora que me formei não sei mais o que fazer. Já procurei vários cursos para passar o tempo, quero ver se viajo para algum lugar e sentir o que acontece. Estou bem confortável em casa, mas não estou feliz.

A formação perde o sentido quando se defronta com a dependência emocional. Afinal, forma-se pra quê? Achei que era para sermos profissionais...

Muitos culpam a educação familiar. Faz sentido. Mas a verdade é que quando se quer se faz. O problema é querer. Querer ser independente vem de dentro.

Para passar ao paradigma do eu é necessário ao alcance da independência emocional.

Eu posso
Eu tenho
Etc.

Felizmente ser independente não é o último estágio para o alcance do máximo de um ser.

Mas é uma passagem tão importante que alguns se apegam a ela e não chegam a próxima fase: a interdependência.

Ser independente, por tanto, não nos trás a plenitude do sucesso que temos potencial.

Interdependência é o extra luxo da consciência humana em termos de relacionamentos. Explora-se conscientemente o máximo das nossas habilidades através da união. Por sua vez, faz-se necessária a maturidade mais elevada.

Pensar que você pode unir, por exemplo, sua capacidade de raciocínio a outras pessoas para explorar um resultado eficaz é fascinante.

Sendo interdependentes temos a oportunidade de explorar de forma significativa e profunda as capacidades dos outros. Conseguimos acesso aos imensos recursos dos demais seres humanos e eles dos nossos.

A união de habilidades nos leva a eficácia e a eficácia ao sucesso.

Eficácia longe do sentido neurótico de lutar contra o relógio e ser consumido pelo tempo.

A eficácia se caracteriza quando não destruímos os ativos que nos dão retorno e o corpo é um deles.

Eficácia inteligente.

Algo tão básico me soou tão claro...

Em homenagem ao meu colega senti-me obrigado a compartilhar deste momento.

Lembro que ter princípios e valores bem definidos tornam a vida mais clara e mais justa para com os outros companheiros de jornada. Ou seja, todos que estão vivos enquanto estamos vivos.

Esforcemos-nos para amadurecer conhecendo verdadeiramente nossos potenciais e qualidades, evoluindo sempre.

Espero que meu colega tenha oportunidade de ler isto.


Inspirado no livro, Os 7 Hábitos das Pessoas Altamente Eficazes – Stephen R. Covey – Ed. Franklin Covey.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Conscientizando a amizade...

Saber é: conseguir ensinar aquilo que se supõe como sabido. Ricardo Melo

Uma amizade não se constrói do dia pra noite…

Mas, também não surge só após vinte anos de contato,

Ela apenas estará sendo fortalecida,

Pois já estava ali desde o primeiro instante,

Ser amigo é querer bem,

E se não estiver,

É apenas estar ao lado.

Construir um laço como este é lindo,

Trabalhar juntos é memorável,

Criar algo em dupla é incrível!

Agora, fazer tudo isto ao mesmo tempo,

Não tem adjetivo,

Simplesmente,

Penso e fico feliz...

Simplesmente, penso e... fico feliz...

Pense nisto.

Ricardo Melo

terça-feira, outubro 02, 2007

Pelo amor de alguma coisa de valor!

Nada melhor do que um lugar para divulgar nossas idéias, pensamentos e devaneios.

Mas nada se compara a ter alguém para discutir ou poder dar sua opinião.

Na era da informação isto tem sido comum. Em alguns grupos a comunicação é tão rápida e necessária que os que não informam tendem a aceitar aquilo que é informado pelos outros.

Minha reflexão da semana é intrigante e dependendo do momento maçante.

Mas vale muito a pena tentar. Lá vai:

Qual seria o mundo ideal para você?

Creio que tenha sido rápido. Achou difícil? Veja alguns detalhes que refleti estes tempos, talvez o ajudem a abrir algumas portas ai dentro.

Algum dia você já se deu o direito de imaginar, pelo simples exercício da psique, o mundo sob o seu amparo, idéias, pensamentos e valores?

Há tempos não vejo uma boa discussão sobre um mundo melhor em uma roda de amigos. Temos muito o que fazer durante nosso dia...

O fato desencadeador da minha preocupação foi acompanhar o processo de geração de uma criança. Acompanhei até o nascimento, e se você tiver oportunidade similar, talvez entre na mesma tônica.

Retornando ao assunto.

Era um sonho de criança imaginar o mundo melhor...

Somos adultos resignados? Acho que não. Questionemos-nos então:

Será que não pensar no fato é escolher aceitar tudo isto que vivemos?

Será que não pensar nisto é achar que esta seria a vida ideal?

Será que temos medo, ou simplesmente nunca nos deram este direito?

Idealizar um mundo pode realmente soar como algo subversivo.

Digo a você que não.

Façamos uma experiência.

Feche os olhos. Veja o tamanho deste planeta. Permita-se ampliar a consciência e tocar o mundo com ela.

Achar que o que acontece lá no outro lado não lhe influencia aqui agora, é um pensamento atrasado.

É só ver a natureza ao redor, além disto, milhares de outras coisas. Existem muitos estudos científicos nesta área. Na verdade é só acordar para vida e ver que faz sentido.

O mundo pode ser interpretado pela união do estado de consciência de todos os seres vivos, o registro deixado por todos que aqui já passaram e é, por incrível que pareça, um pedaço dos que ainda nem nasceram, pois pensamos neles.

O seu mundo, como seria?

Imagine com mais força, organize o turbilhão de pensamentos.

Difícil? Sei que é. Sugiro algo diferente então.

Visualize todas as suas qualidades, habilidades, valores, capacidades, defeitos etc. multiplicados pelo seu tamanho e importância. Quanto maior, mais estas características se sobressaltam.

Não quero cair no velho chavão da política. Porém lembro que os fatos políticos da TV acontecem todos os dias em bilhares de empresas, pequenas organizações, famílias, colégios, favelas etc. O dia-dia para alguns é pior do que o que se tem visto nos noticiários.

Quando vemos fatos cabeludos podemos exercitar nossa percepção e talvez se nos enxergarmos poderemos ter consciência que assim um dia já fizemos, em nível maior ou menor. Um espelho trocando de canal...

Chegamos a um ponto obscuro e temos dúvidas se há menos pessoas com boas intenções do que as más intencionadas. Qual é o nosso time?

Não responda ainda.

Fato sabido é que se não há uma estrutura sedimentada no próprio ser, quando um destes cresce na sociedade seja qual for a área o que acontece é desastroso.

Problema agravado pelo fato de ser permitido comprar, ceder, engambelar uma hierarquia.

Muitas vezes cresce-se, não por mérito. Mas por manipulação, por dinheiro, interesses pessoais, sedução e tudo aquilo que sabemos. Não seja cúmplice de algo assim. Nem se aceite subindo assim. Faça políticas mais inteligentes e honre o título homo sapiens sapiens.

Para responder a última pergunta exercite sua consciência e sempre que cometer algo que sua própria consciência sabe não ser socialmente correto, imagine-se crescendo e fazendo o mesmo em nível maior, maior, maior, maior... sinta-se como a pessoa mais influente do mundo!

Quando você toma uma atitude destas incorretas, estará fortalecendo a energia que fomenta este tipo de atitude no mundo. Você será um deles, e estará em um patamar menor, somente por falta de oportunidade. Lembre-se que somos mamíferos condicionados.

Fará parte do grupo que mina o mundo, só que em uma subdivisão subalterna e diminuída, o que é muito desclassificado.

Pense.

Seu mundo, como seria? Se seu mundo fosse norteado pelos seus valores, qual seria a imagem dele? Qual o grupo que você se encontra? Os que crescem e levam mundo e outras pessoas junto ou os que crescem e enterram o mundo?

Não importa o tamanho da pá, você vibra igual. Tem um grupo neutro muito extenso. Não enterra mais é enterrado. Vimos que quem não informa na era da informação pode estar concordando com quem informou mais rápido. Quem não age é cúmplice.

E agir não pode ser tão complexo. É só falar, fazer e dar o exemplo.

Sempre que for freada e superada a tentação da corrupção estará dando passo a liberdade e a um novo mundo.

Por fim nosso último exercício de imaginação.

Se no mundo restasse um único ladrão, só ele, perdido, em meio a extensa população de mais de 6 bilhões de pessoas, qual seria o olhar de todos sobre ele caso roubasse um centavo?

Um olhar incrédulo de mais 6 bilhões de pessoas! Impossível sobreviver. Claro que a humanidade precisa dar um passo que ultrapassa a imaginação para que algumas pessoas não precisassem disto para sobreviver. Entretanto em um grupo pequeno funciona igual. Se só um está fora do eixo provavelmente haverá uma alto-exclusão ou um processo muito sofrido de ajuste.

As coisas podem até demorar a aparecer, mas aparecem. Esta é a lei.

São muitas coisas. Espero ter-me feito claro. Meu objetivo é tirá-lo da casca quase inquebrantável da barreira mental, os paradigmas de forma simplória e real.

Pense, por favor, pra que pelo menos aja mundo daqui há alguns séculos.

Influencie através do seus valores.

Não seja pequeno, seja todos nós, pelo amor de alguma coisa de valor!