terça-feira, fevereiro 24, 2009

Nariz

Porque escrever sobre ele, logo o nariz?
Pode sorrir. Se me conhece ou me viu, sabe que o meu não é pequeno
Mas veja essa motivação por outro ângulo
Exceto de perfil
Entre duas bochechas, lindo e amado, encontra-se o nariz
Talvez você não perceba
Mas o nariz possui cheiro. Perfume diria.
Às vezes admiro o formato
Imagino o quão hábil é o nariz dela
Qual sua flexibilidade, textura
O que seria daquele rosto
Se ali houvesse um nariz diferente?
Alguma vez você já o tocou
Mas experimente com o dedo indicador e médio
Cruzando-os com pressão, deslizando do meio até a ponta do nariz
É uma terapia, a Terapia do nariz!
Não ligo muito para as narinas
Desde que sejam respeitosas
Sim, narinas que considerem a proporção com relação ao corpo do nariz
O corpo do nariz é todo o nariz, menos as narinas
Entre um beijo gostoso
Ninguém melhor que o nariz, cúmplice da paixão
Para estar entre as bocas
Quando aquele nariz toca, o meu nariz, meu rosto, meu corpo...
Que delícia! Um tato divino
Da pele do nariz e do ar suave lançado pelas narinas
E ainda me cheira
Várias sensações prazerosas compartilhamos nariz
Só você, só você
Como te venero
Já falei. Não! Não é porque tenho um nariz vistoso que escrevo isso
Simplesmente, amo o nariz que me faz feliz.

Ricardo Melo

domingo, fevereiro 22, 2009

A alegria do rimador

A maior alegria do rimador
É não achar a rima perfeita
Pois quando acontece a desfeita
Logo começa um novo texto
Para poder procurar o que rimar
Por isso, o fim desse texto não rimou.

Ricardo Melo

A única certeza...

Minha única certeza, é que as palavras escritas por mim serão mal interpretadas.
Mulheres pensarão que sou demasiadamente apaixonado.
Mas o que farei com estes poemas aqui jogados?
Darei a elas, fontes de inspiração, esperando um fio de compreensão.
Poeta exagera.
Paga pelas palavras que te fizeram feliz quando escrevesses.
E agora te deixam sozinho outra vez.
Sei que alguns dos versos eram verdadeiros.
Agora quais? Só direi a um amor por inteiro.

Ricardo Melo